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1 de novembro de 2009

E-books? E-readers?

Ninguém aqui duvida que para o profissional do Direito o papel tem sido seu aliado mais importante: é nele que se encontram as petições, doutrinas, as leituras diárias, as leis, as provas anexadas a um processo [que também é de papel].

Os processos estão se virtualizando em prol da celeridade, em busca da eficiência e da necessidade de eficácia do alcance da norma jurídica até a realidade, ou seja, um processo virtual tende a ser célere, dando uma resposta mais rápida a quem buscou o Judiciário para a resolução de um conflito.

Se por um lado o cenário prático e real da virtualização jurídica dentro das instituições não é tão favorável, do lado de fora, em escritórios, home-offices e assessorias, estamos vendo uma melhoria significativa no ambiente de trabalho.

Mais e mais não precisamos carregar os pesados VADEMECUNS com mais de 3000 páginas, apostilas e livros, não precisamos redigitar petições e mesmo a consulta de jurisprudências é facilitada pelos Tribunais Superiores com sistemas de busca.

A tecnologia ajuda o trabalho do dia-a-dia forense: carregamos menos peso, podemos comparar livros e jurisprudências com maior facilidade e ter contato com juristas de todo o Brasil [e mundo], o próprio Twitter possibilita isso. Já são mais de tantos advogados ‘conectados’ em tempo real, trocando todo o tipo de informação e consulta entre si.

ereaders

E-Readers

Agora vemos a chegada em definitivo de e-Books, e-Readers: o livro, um dos principais instrumentos de trabalho [e até mesmo de lazer] de um jurista também se transforma, ganha leitor próprio, pequeno e portátil. Já estávamos usando smartphones para acompanhamento de processos, consultas a legislações e VADEMECUNS, daqui em diante também teremos livros em pleno formato.

Já tem para todos os gostos, o ebook [como é chamado o livro na web] ganhou ereaders [leitores de ebooks e afins] para que você não tenha que ter um notebook, um desktop ou um smartphone toda vez que for ler um ebook, você poderá ter apenas um e-reader e ler o livro de um jeito confortável. Ele tende a ser do tamanho de um livro comum [de papel] e pretende ganhar o usuário exatamente pelo lado da usabilidade.

Como já disse noutras oportunidades, não gosto de ler no computador. Um texto com até 10 páginas tudo bem, mas livros com 200, 300 páginas eu ainda não consigo. Gosto de rabiscar, fazer anotações, usar caneta, fazer desenhos. Gostava. Quero me adaptar a essa nova realidade o quanto antes.

O burburinho está girando em torno do Kindle, e-reader da Amazon.com que pretende ser um ipod de livros [gostei dessa definição da Garota Sem Fio], mas ele não vem sozinho, Samsung, Braview, Sony e até empresas brasileiras apresentam soluções agradáveis.

A leitura sempre foi mítica, seja para nós profissionais do Direito, seja para os amantes da Literatura, cheiro de livro novo, marcações antigas como notas de rodapé, a magia que envolve a leitura sempre foi única, pessoal. Bibliotecas imensas guardando páginas e mais páginas de experiências, sabedoria, aumentavam a aura diferenciada da leitura, gigantescas, silenciosas, guardando eras de pensamentos.

Agora tudo mudou. Revolucionou a maneira como me ‘conecto’ a leitura, talvez teremos mais adeptos, talvez menos, talvez agora alcance mais interesses aos olhos do leitor… ou simplesmente as pessoas farão busca por palavras nos livros para terem logo o resumo e o resultado final da história.

A imagem do advogado, do Juiz ou de qualquer jurista sempre esteve associada à de uma sala, com móveis de madeira escura e estante com muitos livros ao fundo. Essa realidade agora fica distante. Nossa necessidade hoje fica restrita a uma mesa, um notebook [com modem 3G plugadinho] e uma confortável cadeira. Num futuro não muito distante, nada de uma estante cheia de livros, mas um único e-Reader podendo conter milhares de livros.

Se fora do Judiciário virtualização é bom, estou aqui escrevendo tudo isso exatamente por isso: possibilidades, muitas possibilidades de leitura, pesquisa, consumo e aquisição de livros.

Quem tem um site dando muitas dicas sobre esse assunto é a Editora Plus.org. Há publicações sobre Kindle, Nook, e-books e e-Readers, e ainda como ler e-books no smartphone.

Ainda vamos falar muito em ebooks e ereaders, por hora ficamos na espera de que essas novidades cheguem ao Brasil com preços acessíveis.

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