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24 de novembro de 2009

Mais um seriado jurídico: como o mundo vê os advogados

Pode parecer bobagem, mas o universo jurídico é retratado em vários seriados e filmes, o que nos leva a crer que esta profissão gera um imaginário para as pessoas de fora deste círculo.

Dessa forma, é impossível não verificar qual é a visão que as pessoas fazem da advocacia, do advogado [ao menos do advogado americano] e esse imaginário é interessante.

Se no final do episódio todos estão torcendo pela Justiça, durante toda criação e produção das séries com contornos jurídicos somos contantemente julgados: os advogados são inescrupulosos, frios, calculistas, super inteligentes mas geralmente sobrecarregados de trabalho, sem tempo para vida pessoal.

Seriados como Law & Order, Eli Stone, Boston Legal e Lipstick Jungle são apenas uma amostra. Filmes que retratam a insanidade e o lado workholic dos advogados também existem aos montes [O Advogado do Diabo é o melhor exemplo]. Afinal de contas, o que querem dizer sobre nós?

Sim, na maioria das vezes estamos sobrecarregados de trabalho, não tiramos férias e simplesmente a advocacia ocupa toda nossa vida, em especial para nós mulheres [inclusive é muito interessante o post do Gustavo D'Andrea sobre este tópico] . Agora temos mais um seriado para falar da nossa vida e de forma engraçada.

“Drop Dead Diva” é o mais novo sucesso de Josh Berman, produtor executivo e roteirista de “CSI” e “Bones”. Apesar do julgamento da vida de uma advogada e da vida de uma modelo, o seriado é uma comédia muito bem escrita, que rompe com os padrões de beleza graças ao talento e carisma de sua protagonista, a advogada Jane Bingum (Brooke Elliott).

De um lado, Deb (Brooke D’Orsay). Modelo, magra, linda e loira. O estereótipo dos estereótipos, a futilidade em pessoa. Do outro lado, Jane (Brooke Elliott). Gordinha, advogada workaholic, fã de livros de auto-ajuda e super inteligente. Deb morre em um acidente de carro e quando chega ao céu descobre que está zerada: sem pecados ou boas ações. A modelo aperta um botão que não devia no céu e vai parar no corpo de Jane, que estava na mesa de cirurgia, após levar um tiro dentro de seu escritório. Com Jane sendo guiada pelo espírito de Deb, ela passa a se preocupar mais com a aparência, fazendo uma junção da sensibilidade (e um pouquinho de futilidade) da modelo com a inteligência da advogada.

Com cara e jeito de comédia romântica, esta série dá uma aliviada em nosso julgamento pois tenta mostrar o lado humano da personagem principal e cai como uma luva para as mulheres que vivem uma rotina paranóica de “super mulheres”. Ufa! Dessa vez podemos apenas assitir e relaxar.

* A série é exibida às segundas-feiras, 22h, no Canal Sony. 

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